sábado, 27 de agosto de 2011

Resumo da semana

Olá novamente caros leitores! Desculpem pela ausência de informações nas últimas semanas, problemas com a conexão. Agora as atividades do Dia de Política devem voltar ao normal. Enfim, o Resumo da semana.

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Sarney usa helicóptero público em viajem particular

Esta semana o jornal Folha de S. Paulo denunciou viagens a uma ilha particular feitas pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), em um helicóptero da Polícia Militar do Maranhão. O estado do Maranhão é governado por Roseana Sarney (PMDB), filha de Sarney, que também estava presente nas viagens.

A aeronave, que custou R$16,5 milhões, foi adquirida ano passado com o objetivo de combater o crime e auxiliar em emergências médicas. Na volta de uma dessas viagens a retirada das malas do presidente do Senado atrapalhou o atendimento de um homem com traumatismo craniano.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) manifestou-se contra o fato e quer que Sarney e sua filha devolvam ao erário os gastos com as viagens. Segundo Sarney ele tem "direito a transporte de representação e segurança em todo o território nacional, seja no âmbito federal ou estadual, sem restrição às viagens de serviço", portanto, não deve nada ao estado.


OAB prepara anteprojeto sobre casamento e adoção de casais gays

A comissão de diversidade sexual da OAB esta findando um anteprojeto e uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que visa igualar direitos de casais homossexuais e criminalizar a homofobia.

Os projetos estendem o direito ao casamento, divórcio, proteção contra a violência doméstica, acesso a adoção e a herança e punição a atos descriminatórios à homossexuais, bissexuais, transexuais, travestis, transgêneros e intersexuais (termo moderno para hermafrodita).

Antes de serem levados ao Congresso Nacional, o que precisa ser feito através de um parlamentar, os projetos passarão pelo crivo do Conselho Federal da OAB, para só então seguir para votação no Congresso.


STF deve impor veto a supersálarios do Senado

Desde maio deste ano tramita na Justiça uma ação do Ministério Público do Distrito Federal contra os supersálarios do Senado, da Câmara dos Deputados e da União. O fato é que gratificações e abonos tem feito os salários de funcionários deste órgãos ultrapassarem o teto do funcionalismo público, que atualmente é R$26,7 mil.

Ministros do Supremo Tribunal Federal defendem que essas gratificações devem continuar sendo pagas aos senadores e deputados (como auxílio-alimentação, auxílio-moradia, auxílio-transporte e etc), contudo, caso o valor destas somado ao salário dos mesmos ultrapassar o teto estabelecido pela constituição, o governo deve pagar somente o valor do teto, não a mais, como acontece hoje.

Não há lei que torne ilegal esse pagamento acima do teto estabelecido pela Constituição. A discussão ainda tramita nas esferas do poder e não há nenhuma decisão tomada.


Ideli Salvatti é acusada de favorecer ONG

Denúncias feitas por deputados do PSDB revelam que ministra, quando senadora, aprovou duas emendas em favor da Cesap (Centro de Elaborações, Assessoria e Desenvolvimento de Projetos), criada de Claudionor de Macedo, seu braço direito desde 2004.

Por meio de sua assessoria a ministra das Relações Institucionais admitiu ter aprovado as emendas, mas ressaltou que Macedo não faz parte da ONG desde 2004, quando passou a fazer parte da carreira política de Salvatti.

Além destas emendas a ONG já recebeu verbas do erário nacional outras vezes. O dinheiro deveria ser destinado a ajudar mulheres chefes da família na geração de renda. Segundo a ministra a ONG "beneficiou indiretamente centenas de famílias das cidades de Itajaí, Tijucas e Palhoça". Contudo, segundo um dos deputados autor da denúncia alega que o endereço da organização é uma residência com placa de "aluga-se".


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Por alto


Novo Código Florestal: ex-Ministros pedem mudanças na atual proposta do código.

Universidades Federais: Dilma quer inaugurar mais 4 instituições até 2014.

Carajás e Tapajós: STF decide que todos os paraenses poderão participar do plebiscito.

Ficha Limpa: Procuradoria-Geral da República dá parecer favorável a nova lei.

Sigilo Eterno: Comissão do Senado adia análise do relatório de Fernando Collor .

MAC ou Pinacoteca: impasse entre governo e USP sobre o destino do antigo prédio do DETRAN.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Retratação

Desculpem pela ausência de postagens, tanto aqui no blog quanto nas redes sociais do Dia de Política. Estive sem conexão essas últimas semanas, afora algumas outras situações que me impediram que atualizá-los.

Agora as atividades devem, gradativamente, voltar a normalidade.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Maconha

Olá caros leitores! Não sei exatamente o que vocês estão pensando sobre essa postagem, então antes de tudo vou explicar melhor porque a fiz e o que vão encontrar pela frente. Desde que o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, sugeriu a legalização da Maconha a presidente Dilma Rousseff o tema voltou a voga na imprensa brasileira. Isso despertou meu interesse no assunto, comecei algumas discussões e percebi que o tema era polêmico e pouco conhecido tecnicamente. Percebendo a importância do assunto e a falta de informação resolvi aprofundar um pouco minhas pesquisas sobre ele. Esta postagem é fruto da minha pesquisa superficial, embora já me pareça muito em relação ao conhecimento da maioria. Espero que lhes seja proveitosa a leitura.


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Agora, antes de começar a falar efetivamente da maconha quero esclarecer um termo que vou utilizar: o canabizar. Esta palavra não existe oficialmente na língua portuguesa, mas é utilizada para falar sobre a maconha e seus usuários. É uma espécie de derivado do nome científico da maconha, Cannabis sativa. O termo é preferível, pois, para algumas pessoas, o termo maconheiro esta ligado a marginalidade. Dessa forma quando me referir a canabista é o usuário da maconha; assim como canabizar é o ato de ingeri-la.


Primeiramente quero refutar a ideia daqueles que pensam que o assunto é de discussão recente, quando na verdade é um dilema da humanidade a séculos. Em 525 d.C. autoridades do Cairo fizeram fogueiras públicas de maconha, ato que autoridades brasileiras repetiram em 1999, só que diante câmeras de TV. Esses foram atos de repressão, no Brasil as discussões começaram efetivamente com o 1º Simpósio Carioca de Estudos sobre a Maconha, realizado entre 7 e 11 de novembro de 1983, tirando os debates dos institutos médicos e entidades jurídicas e expondo-o a público.


História da Maconha

Não há unanimidade quanto a datas de quando o homem começou a utiliza maconha, há provas concretas de que isso ocorreu a 3 mil anos, embora existam evidencias, como a presença de folhas de maconha em desenhos de túmulos chineses e egípcios, anteriores desta data. Historiadores divergem entre 5 e 8 mil anos. Enfim, são muitos séculos em que o canabismo faz parte de nossa cultura.

Sabe-se que várias tribos indígenas, de vários lugares do globo, já canabizaram, ou ainda canabizam, por motivos rituais e/ou físicos. Não vou me aprofundar nesse aspecto, não que não seja importante, mas sai um pouco do foco da discussão política que desejo fomentar com esta postagem.

A partir da década de 20 famílias norte-americanas passaram a cultivar maconha em suas residências, o que ocorreu também no Brasil em regiões do Nordeste e do Sul do país. Até a década de 30 não havia imposições legais para este cultivo, até que a crise econômica e a intensa migração de mexicanos fizeram com que o governo dos EUA tomasse iniciativas contra a maconha. Mas havia um problema: até então as pesquisas relativas aos efeitos do canabismo não apresentavam consonância. Foi então que o Congresso americano, no início da década de 70, dedicou 1 milhão de dólares a Comissão Shafer, destinada a esclarecer todas as divergências existentes das pesquisas já feitas e iniciar novas. Não teve resultados concretos relevantes.

O movimento hippie teve grande importância na disseminação do canabismo, iniciado por volta da década de 60, também conhecido por movimento de contracultura. Não tive tempo de me aprofundar nesse assunto, o que posso afirmar é que eram jovens que não aceitavam muitos dos paradigmas da sociedade da época. Dessa indignação surgiram diversos protestos pacíficos pelo mundo afora. Para a maconha este foi o marco de quando ela deixou de ser associada somente a pobres e negros e passou a ser vista como droga das classes média e alta também.

Em agosto de 1980, o juiz carioca Álvaro Mayrink da Costa inocentou um garoto por porte de maconha, suas palavras sobre o causo foram as seguintes: “A maconha faz parte dos usos e costumes da sociedade de hoje: 80% dos jovens entre 19 e 23 anos já a experimentaram. Considerar como crime esta prática atenta contra os direitos humanos e as garantias individuais. É uma herança nefasta do Estado totalitário”.

A partir de então os movimentos passaram a ser mais homogêneos e disseminados por todo o mundo, sem que algum se destacasse muito, exceto uma passeata feita por um movimento inglês no dia 6 de maio de 2000, onde mais de 5 mil pessoas fizeram uma manifestação pacífica caminhando, cantando (Bob Marley) e canabizando entre duas praças famosas de Londres. Todo o progresso foi acompanhado pela polícia, que neste dia não reprimiu o consumo. Uma das palavras de ordem foi No victim, no crime (se não há vítima, não há crime).


Maconha e a medicina

Saindo do campo histórico e entrando nas ações e reações provocadas pela Cannabis sativa em nosso corpo, só antes de qualquer coisa quero ressaltar que sou leigo nessa área e estou aqui somente expondo resultados de algumas pesquisas feitas por profissionais, pesquisas estas que utilizei para entender melhor o que era esse universo da maconha.

A maconha possui substâncias psicotrópicas e psicodislépticas, ou seja, viciantes e alucinógenas. O tetrahidrocanabinol (ou simplesmente THC) é a principal substância alucinógena da maconha, mas além de alucinações ele causa diversos efeitos no corpo humano, comprovados cientificamente, dos quais vale ressaltar: atinge linfócitos, diminuindo a imunidade do organismo; impede a síntese do DNA; aumente o apetite, principalmente por doces; aumente a frequência cardíaca; interfere na transmissão e armazenamento dos neurotransmissores; fraqueza muscular; altera as sensopercepções (alucinações); além de outros efeitos. O THC é lentamente eliminado do organismo, ainda encontrado no sangue 3 dias após o consumo.

Esses são os efeitos provocados pelo THC, a maconha como um todo afeta ainda mais o corpo humano, causando desde distúrbios físicos a psíquicos. Embora haja diferenças de intensidade de indivíduo para indivíduo, chegando até ao ponto de alguns não sofrerem de distúrbios ou os afetarem em intensidade diferentes.

Dentre as alterações físicas causadas pela maconha cabe ressaltar a hiperemia nas conjuntivas (vermelhidão no branco dos olhos); pulso acelerado; diminuição na produção de saliva; dilatação da pupila dos olhos; o movimento das pálpebras pode ser afetado, ficando mais lentas; a fala também pode ser afetada, num discurso verbal lentificado.

Quanto à questão do vício, muito se diverge na comunidade médica nesse assunto. O fato é que já foram realizadas pesquisas que colocam a maconha no mesmo nível de dependência da cafeína, ou até mesmo abaixo dela, em comparação com outras drogas como nicotina, álcool, heroína e cocaína. O que é mais aceito é que a maconha vicia muito mais psicologicamente do que fisicamente.


Maconha e a psicologia

Muitos podem pensar que no âmbito da psicologia o ideal e estudar os efeitos do consumo da maconha na pessoa, ou até mesmo em como ajudá-la a se desvencilhar do vício. Não estão errados, mas aqui nessa postagem irei abordar aspectos que levam jovens a terem contato com a droga, creio que assim ficará mais claro porque esses usuários escolhem esse caminho, por qual muitos deles tem consciência que não é certo e mesmo assim o seguem.

Não existe um motivo unanime que leve jovens a canabizar, cada caso deve ser estudado individualmente, claro que levando em conta algumas variáveis universais. O principal é nos livramos de alguns preconceitos ao falarmos de canabistas, a última coisa que devemos fazer é segregá-los da sociedade, dessa forma só estamos condenando-os ao vício.

Se lhes perguntarem porque um jovem canabiza você provavelmente vai dizer que é por influência das “amizades”, que também é um fator, mas não é o maior motivo que o leva a tal ponto. Para entendermos esse jovem precisamos levar em considerações varias questões de sua vida, como características pessoais, momento de vida, ambiente familiar, movimentos macro e microssociais, além de outros. Vou falar melhor de alguns abaixo.

Nas características pessoais devemos levar em conta a vida do jovem, como ele se relaciona com sua família e amigos, se tem contato constante com várias pessoas, se é só, se costuma compartilhar seus problemas ou se toma tudo para si, se suporta bem frustrações, se é auto-destrutivo, se é muito influenciável, se é egoísta, se se considera onipotente, e diversas outros comportamentos. O que quero dizer é que o jovem, na maioria das vezes, não canabiza pelo simples ato de canabizar, quase sempre há um plano de fundo conturbado, problemas, discussões, frustrações, diversidades, complicações relacionais com outras pessoas e afins, que levam o jovem a procurar uma válvula de escape para tudo isso, e acaba encontrando alívio e prazer na maconha.

Devemos levar em consideração o momento da vida do jovem, crianças podem ser mais influenciáveis, enquanto adolescentes tendem a seguir tudo que seu grupo faz. Influências familiares também contam muito, dependendo da educação dos pais adolescentes podem ser mais ou menos suscetíveis a droga. O ambiente familiar também é muito importante, por exemplo, crianças que convivem com pais que possuem algum vício são mais propícias a desenvolverem algum vício em seu desenvolvimento pessoal.

Voltando a questão do vício, a maconha propicia diversas reações e essas divergem em cada usuário, portanto afirmar qualquer coisa sobre o porque e a intensidade do vício da maconha será muito inconstante. É fato comprovado que ela causa prazer imediato devido a sua influências em certas regiões cerebrais, isso aliado as alucinações e diversos outros fatores fazem usuários recorrerem constantemente a maconha. Alguns nem chegam a ser viciados, só possuem o hábito de canabizar, esse que associam a alguma atividade corriqueira do seu cotidiano. Ou podem usá-la como válvula de escape, e quando precisam vão até a maconha conseguir esse alívio.

Enfim, para não prolongar muito o texto, mesmo que já deixei de escrever muita coisa, o que quero ressaltar nessa seção é que a maconha é tanto um problema social quanto medicinal, e que não podemos deixar de lado essa questão para discutirmos o assunto.


Teoria da escada

Já muito foi discutido sobre essa teoria: de que a maconha é o primeiro “degrau” para outras drogas mais nefastas. Não há pesquisa que comprove essa teoria, e mesmo as que foram feitas são contestáveis. O grande problema é que são muitas variáveis para serem analisadas, por exemplo, afirmar que usuários de cocaína foram influenciados ao consumo desta através da maconha, pelo fato de a grande maioria ter se iniciado no mundo das drogas ilícitas por ela. Contudo, esses usuários, até uma quantidade maior, consumiu, antes da cocaína, café e álcool, que por mais que sejam de consumo liberado, também são viciantes.

Pesquisas realizada em Campina Grande, pelo ex-deputado Tata Agra (morto em 1999), realizou experiências num sentido oposto ao da Teoria da Escada. Ele usou a maconha com viciados em outras drogas, para diminuir o consumo das drogas mais pesadas. Conseguiu resultados positivos, embora isso não possa ser usado para refutar por completo a Teoria da Escada, já que é uma pesquisa isolada.

Portanto essa teoria acaba não sendo muito válida, embora, mesmo assim, seja recorrentemente mencionada quando o tema em discussão é a maconha. E de certa forma ela pode ser provada quando saímos do âmbito medicinal e psicológico e entramos no contexto social em que a droga é ofertada. Se para o tráfico é lucrativo vender outras drogas além da maconha, é obvio que será oferecido ao usuário dela outras drogas. Dessa forma temos que discutir a atuação do tráfico, não da própria droga na pessoa.


Diferença entre legalizar e descriminar

É importante ressaltar também a diferença entre legalizar e descriminar, que juridicamente não significam a mesma coisa. Descriminar significa que não é configurado crime perante a lei tal prática, contudo, mesmo a lei não considerando crime, não significa que a comercialização é permitida; o que só seria possível com a legalização.

Quanto à maconha precisamos considerar, além desses dois fatores, que os atos de produzir (no caso plantar), vender e consumir são atos diferentes perante a lei, ou seja, a lei pode “permitir” o uso da maconha e continuar prevendo crime o plantio e a venda da planta Cannabis sativa.


Maconha e a política

Há muito que se falar sobre a política e a maconha, mas vou começar por um caso, seguido pelo Brasil, que pode ser um ótimo foco para uma discussão: a guerra as drogas. Sem muito detalhamento histórico, a alguns anos os EUA declarou guerra as drogas, adotou o combate violento e armado para repreender e exterminar o uso de drogas nos Estados Unidos. O Brasil seguiu o mesmo caminho, e ambos têm sofrido demasiadamente com essa escolha.

Basicamente os dois países pouco produzem, na verdade a quantidade de droga produzida em seus territórios é ínfima, o que supre realmente a demanda dos dois é o tráfico internacional. Sabendo disso os dois governos apostaram em políticas de monitoramente de suas fronteiras, os EUA muito mais que o Brasil evidentemente, e do combate armado contra as organizações criminosas instaladas dentro das comunidades que recebem e vendem a droga para a população.

Mesmo depois de anos seguindo essa linha de combate não se tem conseguido nenhum progresso, muito pelo contrário, o tráfico e a violência só tem crescido nos dois países.

É obvio que dessa forma não se alcançarão os resultados preteridos, isso só incentivou os traficantes a se armarem, pois precisam combater a polícia armada para continuar com suas atividades. Há muito mais pontos políticos a serem abordados sobre o assunto, mas fico por esse ponto somente, que considero o mais importante nesse contexto.

Precisamos agora discutir sobre qual é o melhor caminho para o Brasil, não resta dúvida que precisamos integrar as comunidades carentes, oferecer uma alternativa de futuro para as crianças que ali vivem e que ali nascerão que não seja o tráfico e a violência, mas e quanto à droga? Já é comprovado que condição social não é o único motivo que leva os jovens as drogas, existem muitas outras variáveis nessa questão. Dessa forma o que o governo deve fazer para melhorar a situação do país? Mesmo o tema sendo recorrente há séculos, como disse no começo da postagem, muito pouco foi feito efetivamente levando em conta todo o tempo que passou. Se o governo por si só não fez nada até agora, talvez seja necessário um empurrãozinho por parte do povo, que é quem detêm o poder na democracia, não é?


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Espero que tenha ajudado a entender melhor o que é esse universo da maconha. Agora quero lhes propor um debate virtual sobre o tema, adicionem a conta do Dia de Política em seu MSN discussoesbr@hotmail.com e no próximo domingo, dia 21 de agosto, as 20h todos que estiverem presentes podem expor suas opiniões, trazerem dados para serem partilhados e talvez até pensarmos, juntos, em ideias que podem ajudar a resolver todos esses problemas que as drogas tem causado ao nosso país (caso não possa participar do debate nesse data envie sugestões de outros dias e horários nos comentários desta postagem, dependendo dos casos modifico a data ou marco outro debate).

sábado, 6 de agosto de 2011

Resumo da semana

Aos caros leitores que acompanham o Twitter e o Facebook do Dia de Política me desculpo pela carência de atualizações nesta última semana, entrei numa nova rotina e ainda não me adaptei totalmente a ela. Agora, dessa vez no dia certo, o Resumo da Semana.

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Nelson Jobim se demite e Celso Amorim assume Ministério da Defesa

Desde que o ex-ministro Nelson Jobim declarou publicamente que votou em José Serra nas últimas eleições a presidente Dilma Rousseff já cogitava exonerá-lo do cargo. Antes desse episódio Jobim havia insinuado que os petistas eram idiotas e sem modéstia.

A gota d'água para a decisão de tirá-lo do governo foi de uma declaração do ex-ministro para a revista Piauí deste mês, onde ele diz que Ideli Salvatti (ministra das Relações Institucionais) "é muito fraquinha" e Gleisi Hoffmann (Casa Civil) "nem sequer conhece Brasília".

Seu substituto é o ex-chanceler Celso Amorim. Militares dos altos escalões não manifestaram afeto pela decisão de Dilma. Resta-nos acompanhar o trabalho de Amorim, que agora deve usar sua diplomacia para com os generais, brigadeiros e almirantes das Forças Armadas.


Possível tombamento impede venda de terreno público no Itaim Bibi

Mesmo após aprovado pela Câmara, em julho, Kassab ainda não pode negociar a venda de terreno no bairro do Itaim Bibi devido a decisão a uma limiar concedida pelo juiz Adriano Marcos Laroca da 8ª Vara da Fazenda Pública, em ação do vereador Aurélio Miguel (PR).

No terreno existem duas escolas, uma creche, uma biblioteca, duas unidades de saúde, um teatro e um prédio da Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais). Há no Condephaat (conselho estadual de preservação do patrimônio histórico) processo de tombamento do quarteirão.Existem também discussões culturais sobre a biblioteca Anne Frank, cujo local foi escolhido por Monteiro Lobato por haver muitas jaboticabeiras, segundo ele poderia ser "um segundo Sítio do Pica-Pau Amarelo".

Kassab informou ontem que vai recorrer na Justiça da decisão. A proposta do prefeito é que o terreno seja vendido e que o comprador construa, além de todos os aparelhos em outras regiões da cidade, mais 200 creches para educação infantil.


Movimento sugere criação de Cadastro Nacional de Fichas-sujas

O MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral), sugere ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) a criação de um cadastro nacional onde estejam relacionados todos os políticos que possuem ficha-suja.

O Movimento indica a criação de um sistema onde as diversas instâncias dos órgãos Judiciários do país possam se comunicar (que hoje funcionam independentemente, causando diversos imbróglios na analise de cada pessoa), facilitando o acesso a dados dos candidatos, principalmente os que já forem condenados por um órgão judicial colegiado - que caracteriza a improbidade na lei do Ficha Limpa.


Irregularidades também no Ministério da Agricultura

Após ser demitido, o ex-diretor da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) Oscar Jucá Neto) deu entrevista a revista Veja dizendo que no Ministério da Agricultura existe um consórcio entre PMDB e PTB para arrecadação de dinheiro. Jucá Neto foi indicado para o cargo por seu irmão, Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado.

As denúncias incluem repasses de dinheiro público em transações com empresas privadas no setor ligado ao ministério, como também vendas de terrenos públicos abaixo do valor de mercado para amigos de senadores ligados a pasta.

Toda a situação deixou o atual ministro Wagner Rossi (PMDB) devendo explicações sobre as fraudes, mesmo sendo denúncias anteriores a seu mandato de controle na Agricultura. Por ora afirmou que as denúncias feitas são "vazias". Juca Neto acusou Rossi de lhe oferecer propina para não "vazar" informações.


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Por alto


Feira noturna não mais: prefeitura fecha nesta sexta-feira a Feira da Madrugada no Pari.

Dnit: para órgão continuar funcionando são admitidos diretores em caráter excepcional.

Verba não usada: Kassab usa menos de 20% das verbas previstas para projetos prioritários.

Celular em bancos: lei pode proibir o uso de aparelhos em agências bancárias.

PR sai da base governista: ainda apoiando Dilma, mas agora sendo "lideres de nós mesmos".

Salário de R$30 mil: esse é o valor que receberá um ministro em 2012 no Brasil.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Resumo da semana

Desta vez o atraso foi ainda maior, devo mais uma desculpa a vocês. Atrasado, ai está o Resumo da Semana.

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Crise no Ministério dos Transportes

A "faxina" no Ministério dos Transportes continua, o último a sair da pasta foi o Coordenador Geral de Operações Rodoviárias do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Marcelino Augusto Santa Rosa, sendo o vigésimo a ser exonerado desde o início da crise.

O grande número de demissões, que retiraram seis dos sete diretores da pasta, fez o Governo ampliar o poder do conselho do Dnit, que agora pode nomear interinos para os cargos vagos no departamento.

Agravando a situação do Ministério, foi divulgado no jornal O Estado de São Paulo deste domingo que 14% dos contratos do departamento tem adicionais acima dos 25% permitidos por lei, elevando ao todo o orçamento em R$ 2,6 bilhões.


Jornal O Estado de São Paulo está censurado a dois anos

Desde 31 de julho de 2009 o jornal O Estado de São Paulo esta impedido de publicar informações sobre a operação Boi Barrica da Polícia Federal, que investiga o envolvimento do empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney, sobre irregularidades, tráfico de influência e corrupção em ministérios e estatais.

A decisão partiu do juiz do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, Dácio Vieira, sob o argumento de que o direito à privacidade prevalece sobre a liberdade de expressão. O juiz já foi afastado, mas o jornal ainda espera julgamento do caso nas estâncias superiores da lei - Supremo e STJ.


Governo admite dificuldades na fiscalização das fronteiras

No Resumo da semana publicado dia 11 de junho o Dia de Política informou que o Governo Federal lançou o Plano Estratégico de Fronteiras, que amplia os esforços na fiscalização dos quase 17 mil quilômetros de fronteiras nacionais.

Semana passada a presidente Dilma Rousseff declarou que o Governo está enfrentando dificuldades nas operações do plano. Segundo ela "o tamanho do Brasil e a diversidade da nossa geografia são os grandes desafios para a segurança na fronteira brasileira" e completa com mais otimismo: "mas estes desafios não nos assustam, vamos usar diversos modos de ação para enfrentá-los".


Crise econômica nos Estados Unidos da América

A grande crise econômica que assola os EUA chega a um ponto crucial, onde republicanos e democratas precisam entrar em acordo para sancionar as devidas medidas para conter os possíveis estragos da crise.

Segundo o presidente Barack Obama o acordo bipartidário foi "bagunçado e levou muio lento", também agradeceu ao povo americano pela pressão feita através da internet da população norte-americana.

A proposta dos democratas, rejeitada pelos republicanos, aumentava o limite da dívida americana em RS$ 2,4 trilhões. Após muita discussão foi acertado um novo acordo, ainda não divulgado, contudo, se não for aceito até amanhã os EUA não terão condições de arcar com todas suas obrigações financeiras, podendo causar uma moratória que afetará todo o mundo.


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Por alto


São Paulo: Kassab muda o comando de nove sub-prefeituras da cidade.

Brasil sem Miséria: Governo Federal pede ajuda a Estados para continuar com programa.

Orelhões com internet: parceria com operadora OI pode levar internet a orelhões do país.

Meio ambiente: gestão de Kassab descumpre sua própria lei do clima.

Pompéia: região pode ter projeto parecido com o Nova Luz, no centro de São Paulo.

Nelson Jobim: Ministro de Dilma declara que votou em Serra em 2010.