Já tratei deste assunto aqui neste blog, mas vou retomá-lo e se necessário for o farei outras vezes. Falo da forma de desenvolvimento que o Brasil esta seguindo: a do consumo em detrimento da natureza.
Há quem diga que o Brasil já é um país desenvolvido, outros dizem que falta pouco. Definições econômicas a parte, o que podemos colocar em evidência e por unanimidade é a forma na qual estamos alcançando esse desenvolvimento. Somos, além de capitalistas, uma sociedade consumista.
Estamos crescendo graças ao aumento do consumo da população como um todo; não estou aqui criticando a ascensão das pessoas a classe média, afinal de contas elas também fazem parte da população brasileira, se tomamos esse sistema consumista como base de nossa economia, eles também podem usufruir dele.
O grande problema é o cerne deste sistema; o consumo pelo consumo. Uma frase que gostei bastante de um professor da PUC, Ladislau Dowbor: "Essa filosofia de crescer por crescer só tem um paralelo na natureza, o câncer". É exatamente o que estamos fazendo com a Terra, consumindo-a por completo, até que ela chegue a seu limite e não tenhamos mais por onde crescer, nem como sobreviver.
A pergunta dessa postagem é exatamente sobre isso, o Brasil vem crescendo, mas ele quer ser como os EUA e os outros países ditos desenvolvidos? Isto é, quer ser uma nação que sacrificou sua natureza para se tornar industrializado, consumista e sedentário?
Essa é uma pergunta que deve ser feita a todos os brasileiros. Tenho certeza que as oligarquias que controlam o país vão arrumar um jeito de dizer que isso é bom, mas na verdade estamos somente dançando conforme a música mundial. E se continuarmos assim teremos que nos consumir cada vez mais para acompanhar o passo.
Talvez eu esteja sendo otimista demais, mas tenho certeza que o Brasil pode inventar o próprio passo, ou seja, formular uma nova forma de economia e desenvolvimento que não tenha como premissa a devesa dos recursos naturais, estes sim essências a vida humana, ou deveria dizer mundana?