segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Ensino técnico: solução tardia para um problema crônico

Uma das bandeiras da campanha de Dilma foi a ampliação da oferta do ensino técnico no país. Dia 26 de outubro deste ano parte deste ideal começou a se tornar realidade com a efetiva criação do PRONATEC (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego).

O programa tem certa complexibilidade, por alto se pode dizer que é a maior aposta deste governo no âmbito da capacitação profissional de jovens no país. Basicamente ele visa ampliar o acesso a cursos técnicos e profissionalizantes, focado em estudantes do nível médio e empresas interessadas em treinar seus funcionários.

O tema não é recente, há quantos anos o mercado brasileiro não clama por mão de obra qualificada? Por algum motivo o governo resolveu se preocupar com o assunto agora. Talvez o próprio mercado tenha exigido isso, outrora ele mesmo podia treinar seus profissionais, mesmo que isso lhe custasse um pouco mais; agora é necessário contratar um técnico e mesmo com este nível de formação lhe oferecer um treinamento mais específico, mas o “basicão” ele já sabe.

A grande questão que quero levantar aqui é a forma que o governo lida com os estudantes brasileiros, tanto jovens quanto adultos. Não é porque o brasileiro tem um mau ensino que o governo esta agindo agora, é porque o mercado precisa de pessoas mais qualificadas. Mas como pensar diferente num país capitalista?

E mais: o governo esta iniciando estes investimentos, até eles começarem a dar frutos o Brasil já importou muita mão de obra estrangeira para suprir sua necessidade. Isso se não continuar exportando mesmo depois da execução dos programas educacionais.

Tudo isso é reflexo de um país que não investe nem em educação nem em pesquisa. Sem falar na grade curricular obrigatória que não condiz com a sociedade contemporânea. Enfim, isso é outro assunto que até merece outra postagem, mas outro dia. Por hoje fica a reflexão do ensino técnico mesmo.

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