O debate sobre as drogas no Brasil voltou a voga com a recente atuação do governo na Cracolândia, contudo, a mídia tem dado enfoque quase exclusivo a ação da polícia sobre essa questão. Como se ela sozinha fosse resolver os problemas das drogas no país. Ela pode até ser necessária, mas é se for a única a atuar será uma solução paliativa, e talvez até agravadora, do problema.
A raiz do problema das drogas no Brasil vem da educação, da falta de oportunidades e da desigualdade social, ou seja, problemas sociais. Uma frase do humanista Luigi Ciotti representa muito bem o que é ser um drogado: " O dependente químico é um ser humano que não consegue encontrar um sentido para sua vida. É aquele que se sente isolado, é frágil na relação consigo próprio e com os outros".
Antes de tudo, não estamos lidando com dependentes químicos, traficantes ou criminosos; são pessoas ali naquela situação deplorável e precisam de ajuda: médica, psicológica, social, política e ademais adjetivos que podem se estender ou minguar dependendo de cada caso.
Se quisermos extinguir o problema das drogas no Brasil - utopia para muitos - precisamos primeiro enxergar o cerne do problema, mobilizar educadores e pais de todo o país não numa campanha nacional, mas sim numa mudança de pensamentos, quebra de paradigmas e tomada de novas atitudes e iniciativas que nos levem a um futuro melhor e mais digno.
São tantas as ideias e tão poucas as ações que vou findar por aqui esta postagem e esperar que cada um reflita sobre o caso e tome suas próprias decisões, mas que não fique só nisso, que faça muito além, pois é disso que o Brasil precisa, de ações, individuais ou conjuntas que mudem a cara do país: de desigual para mais humano.