Vemos nos últimos dias a grande mídia trazer a voga a Cracolândia. Sem entrar no mérito da especulação – sendo que o problema é crônico e só vem a lume quando convêm as grandes corporações midiáticas – precisamos entender o que se passa num dos locais de consumo mais conhecidos do país.
A grande questão é a forma como o consumo da droga esta sendo combatido. Primeiro a policia intensifica o policiamento, aumentando tanto o número de policiais quanto o nível de envolvimento deles na região – isto inclui violência e prisões dos traficantes.
Isso acarretou uma dispersão dos usuários da região, o que segundo especialistas já era previsto. Outra consequência, esta sim a mais esperada, é a abstinência. Com o maior policiamento é esperado a diminuição da oferta de drogas, uma forma de tortura indireta aqueles pessoas segregadas e renegadas da sociedade.
O Estado espera que com isso eles procurem o sistema público como saída para o sofrimento. Entretanto, ainda não existe uma unidade especializada na região, prevista só para abril.
Um atentado aos direitos humanos ou uma ação necessária de opressão do Estado para o bem maior de todos? Fica a seu discernimento decidir, mas de qualquer forma foi uma ação mal planejada, que por qualquer fim ainda está inacabada e durará um bom tempo, sem conclusão previsível, positiva ou negativa.
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